26 maio 2013

You Are So Beautiful



You are so beautiful to me
You are so beautiful to me
Can't you see
Your everything I hoped for
Your everything I need
You are so beautiful to me

Such joy and happiness you bring
Such joy and happiness you bring
Like a dream
A guiding light that shines in the night
Heavens gift to me
You are so beautiful to me

A guiding light that shines in the night
Heavens gift to me
You are so beautiful to me





Any Miranda

14 maio 2013

Pequenininha árvore


Era apenas uma pequena árvore
Em meio a um deserto de espinhos
Cuidando para que não rompesse
O vento soprava do leste, intimidava os pássaros e a brisa do oeste
Que se calava, e ia embora...
A árvore só queria crescer...ficar forte e feliz
Dá frutos, ser sustentada pela terra, experimentar o pousio dos pássaros
A sombra do sol, e os pingos da chuva
O orvalho da manhã....o cheiro de terra molhada

Era apenas uma árvore...
Caída em terra...seu tronco quebrado
Folhas desbotadas...alma de gente
Mortal que nem a gente
Em meio a um tempestade de sonhos
Eu sonho que você vive
Dá frutos, e é forte...com folhas verdes que nem grama
Viva arvorezinha
Não morra!...a mão que te destrói é a mesma que te planta
Viva, então!

Any Miranda




Pensamento via lactea


Já pensou em quantos mistérios, sonhos, cheiros e imagens existem nesse mundo?
Se você entende do que eu to falando, então com certeza você já sentiu o mesmo frio na barriga que eu!

Any Miranda




Sorria para a vida :)

O ideal seria ter sorrisos de felicidade explicita, todos os dias!
E a paz de Deus no coração!

Any Miranda








05 maio 2013

Dança com lobos

 É um dos meus filmes preferidos, muito contemplativo  e de belas imagens, além de uma trilha sonora escolhida a dedo. Falar desse filme, é se emocionar com a história de um povo que foi vitima do maior genocídio do século XIX, a tribo Sioux. Nesta postagem, conto um pouco da história do filme, e da luta e posterior extinção dessa tribo norte americana. 

Trailer do filme:



Sinopse do filme:

John Dunbar (Costner) é um oficial de cavalaria que se destaca como herói na Guerra Civil Americana e, por isto, recebe o privilégio de escolher onde quer servir. Ele escolhe um posto longínquo e solitário, na fronteira. Ali estabelece amizade com um grupo de índios Sioux - Lakota, sacrificando a sua carreira e os laços com o exército estadunidense em favor da sua ligação com este povo, que o adota.
Repleto de belas imagens, e com um orçamento de 15 milhões, o filme arrecadou somente nos Estados Unidos 180 milhões de dolares.O filme, que marca a estreia de Costner na direção

Desde os anos 1980, quando o número de produções ambientadas na época do Velho Oeste estacionou próximo ao zero, todo filme que trabalha com a iconografia clássica do faroeste (caubóis, paisagens do deserto, duelos, cavalgadas ao pôr-do-sol) é saudado pela mídia especializada como responsável pela ressurreição do mais norte-americano dos gêneros. Mas se há um longa-metragem específico que merece receber este rótulo é “Dança com Lobos” (Dance with Wolves, EUA, 1990). A estréia de Kevin Costner na direção encerrou um hiato de vários anos sem grandes westerns épicos, arrecadando uma enorme bilheteria (US$ 180 milhões) e faturando de quebra sete Oscar, inclusive de melhor filme e diretor.
O resultado positivo alcançado, além de alçar Costner ao papel (na época) de maior astro de Hollywood, provou que ainda havia espaço no mercado cinematográfico para narrativas clássicas sobre a época da expansão das fronteiras dos EUA. Mais do que isso: ao mostrar que o faroeste ainda dava lucro, Costner abriu as portas dos grandes estúdios para uma série de produções que flertaram com o gênero de diversas maneiras, mesclando-o com paródias cômicas (“Maverick”), aventuras juvenis (“Os Jovens Pistoleiros”) e até obras maduras que reviam, com serenidade, as fundações éticas e morais do gênero (“Os Imperdoáveis”, de Clint Eastwood, também ganhador do Oscar). Ainda que seja possível encontrar problemas no filme de Kevin Costner, é preciso dar ao ator/diretor/produtor o crédito por isto.
Contemplativo e repleto de belas imagens da natureza, “Dança com Lobos” se insere na linhagem dos faroestes revisionistas dos anos 1970. Títulos como “Mais Forte que a Vingança”, por exemplo, buscavam tirar dos índios o papel tradicional de vilões, apresentando-os como uma espécie de versão ianque do “bom selvagem” de Rousseau. Os personagens desta linhagem do western são homens solitários que vivem um mal-estar com a civilização. Eles buscam uma vida mais simples, longe das cidades e em comunhão com a natureza, como forma de purificar o espírito. Assim é o tenente John Dunbar (Costner), oficial ferido em combate que, tido como herói da Guerra Civil dos EUA, ganha a chance de escolher onde deseja servir.
Ao contrário do esperado, Dunbar pede para ir ao posto mais avançado da fronteira a oeste do país, no limite do território selvagem dominado pelos índios. Ele sabe que aquela região está fadada a desaparecer em poucos anos, e pretende experimentar um pouco da vida simples de um homem do campo. Desejo atendido, ele se estabelece num pequeno rancho com provisões para alguns meses, enquanto espera a chegada de outros militares, tendo como companhia um cavalo fiel e um lobo manso que o acompanha de longe, em uma metáfora inteligente para o comportamento do próprio Dunbar em território estranho. Lá, o militar trava contato com a tribo sioux, aprende a admirar e respeitar os índios, e até mesmo arranja um interesse amoroso – convenientemente, uma mulher branca (Mary McDonnell) criada pela tribo.
Narrando a história de forma deliberadamente lenta e recheando-a com imagens de comunhão entre ser humano e natureza, Costner criou um faroeste pacifista, com mais de três horas de duração e apenas duas ou três cenas de ação, inclusive uma sensacional caçada a uma manada de búfalos, filmada de forma esplêndida. É verdade que o terceiro ato do filme é nitidamente maniqueísta (quando os militares voltam a entrar em cena, são todos idiotas rascunhados melodramaticamente, da mesma forma que os índios sempre têm coração puro), que o uso de clichês e convenções dos velhos westerns clássicos poderia ser menor, e que o medo impediu o diretor de criar um romance inter-racial que seria muito mais ousado e inteligente, mas ainda assim “Dança com Lobos” oferece um bom espetáculo para amantes do velho cinema clássico de Hollywood.
O DVD nacional, da Flashstar, tem duas versões. Uma simples, contendo apenas o longa-metragem, com qualidade boa de imagem (widescreen 2.35:1 anamórfica) e áudio (Dolby Digital 5.1). O lançamento duplo, bem mais raro, adiciona um documentário (99 minutos) ao primeiro disco.
- Dança com Lobos (Dance with Wolves, EUA, 1990)

Direção: Kevin Costner
Elenco: Kevin Costner, MaryMcDonnell, Graham Greene, Rodney A. Grant
Duração: 180 minutos












Contexto histórico:

O filme retrata a relação colonialista do branco sobre territórios indígenas da América do Norte no contexto da Guerra de Secessão.

O expansionismo dos Estados Unidos em direção ao Oeste deu-se através de negociações (compra de imensos territórios), de guerras, destacando-se a Guerra do México, que entre 1845 e 1848 incorporou cerca de 50% do território mexicano ao país, e do aniquilamento das tribos indígenas.
No norte, o capital acumulado durante o período colonial, criou condições favoráveis para o desenvolvimento industrial cuja mão-de-obra e mercado eram representados pelo trabalho assalariado. A abundância de energia hidráulica, as riquezas minerais e a facilidade dos transportes contribuíram muito para o progresso da região, que defendia uma política econômica protecionista. Já o sul, de clima seco e quente permaneceu estagnado com uma economia agro-exportadora de algodão e tabaco baseada no latifúndio escravista. Industrialmente dependente, o sul era ferrenho defensor do livre-cambismo, mais um contraponto com o norte protecionista.
Em 1860 a vitória nas eleições presidenciais do republicano Abraham Lincoln inicia um movimento no sul separatista, que decidiu pela criação dos "Estados Confederados da América". Iniciava-se assim em 1861 a Guerra de Secessão, também conhecida como "Guerra Civil dos Estados Unidos", que se estendeu até 1865 deixando um saldo de 600 mil mortos.
Enquanto o sul possuía apenas 1/3 dos 31 milhões de habitantes do país e somente uma fábrica de armamentos pesados, o norte já contava com um sólido parque industrial, uma vasta rede ferroviária e uma poderosa esquadra. Mesmo com esse contraste totalmente desfavorável, foi o sul que lançou a ofensiva, criando uma nova capital -- Richmond -- e elegendo para o governo Jefferson Davis, que a 12 de abril de 1861 atacou o forte de Sunter. Para fortalecer o modelo nortista, nesse mesmo Lincoln extinguiu a escravidão nos Estados rebeldes e prosseguiu incentivando o expansionismo, através da promulgação do Homestead Act, que fornecia gratuitamente 160 acres a todos aqueles que cultivassem a terra durante cinco anos.
A abolição efetiva da escravidão só ocorreu em 31 de janeiro de 1865. Após cerca de três meses, o general sulista Robert Lee oficializava o pedido de rendição ao general nortista Ulisses Grant. Alguns dias depois o presidente Abraham Lincoln era assassinado pelo fanático ator sulista John Wilkes Booth.


Quem foram os Soiux?

O dia 25 de junho de 1876 amanheceu com cheiro – e gosto – de glória para o general George Armstrong Custer e seus 647 homens da 7ª Cavalaria. Finalmente, a caça aos índios que haviam se rebelado contra o governo dos Estados Unidos tinha chegado ao fim. Ao longo do vale do rio Little Bighorn, no atual estado de Montana, repousava o maior acampamento indígena já visto naquelas bandas. Na frente dos olhos da soldadesca, uma infinidade de tendas projetava-se num raio de mais cinco quilômetros. Estavam amontoados ali sioux oglalas, hunkpapas, sans arcs, minneconjous, brulés e cheyennes. Ao todo, cerca de 10 mil almas, sob o comando dos chefes sioux Touro Sentado e Cavalo Louco. A luta que se seguiu, conhecida como a batalha de Little Bighorn, entrou para a história da conquista do Oeste americano. E, claro, inspirou Hollywood em muitos filmes de bangue-bangue.
Segundo o plano original, Custer teria de encontrar os índios rebeldes, mandar um aviso para o forte, esperar pela chegada de outras duas colunas do Exército e, só então, avançar. Mas “cabelos-longos”, como era chamado pelos índios, transbordava de ambição. Em depoimento ao jornalista John Finerty, que, em 1890 publicou o livro War-Path and Bivouac (Em Pé de Guerra e Bivaque, inédito no Brasil), o general John Gibbon afirmou ter alertado Custer para que aguardasse por reforços. E o comandante teria dito: “Não, eu não esperarei”. A vitória sobre os índios seria sua glória pessoal. “Ele era implacável. Mudava de opinião o tempo todo e sempre achava que estava certo. Nunca pedia palpite a seus oficiais. A nós, restava obedecer”, relatou James Horner, cabo da 7ª Cavalaria e um dos sobreviventes do massacre, também em depoimento a Finerty.
A obediência ao chefe custou caro. Ao avistar o acampamento, o general ordenou o ataque sem pestanejar. De fato, foi um dia de glórias. Mas não para Custer. E, sim, para as nações indígenas. Como um formigueiro, mais de 3 mil guerreiros atiraram-se sobre os pouco mais de 600 soldados da 7a Cavalaria. Um pequeno grupo conseguiu fugir. Só que o general foi cercado. O índio Cavalo Vermelho, em depoimento recuperado em 1893 por Garrick Mallery, do Bureau Norte-Americano de Etnologia, contou que “136 sioux morreram”. A 7ª Cavalaria, porém, pagou um preço bem mais alto: 263 soldados morreram. Custer também foi assassinado. Essa batalha, entretanto, estava longe de ser decisiva. E os sioux estavam bem perto de seu fim como povo. “Essa rebelião indígena tem relação direta com a colonização do Oeste. Até por volta de 1840, os sioux, líderes da revolta, desfrutavam de uma boa convivência com os homens brancos”, diz o professor Michael Tate, especialista em nativos americanos, da Universidade de Nebraska, no Estados Unidos.
Caça e caçador
Antes dos colonizadores rumarem para o Oeste americano, os sioux viviam em paz – com a natureza e com os búfalos que dominavam aquelas planícies. Caçadores nômades, desfrutavam de total comunhão com os animais. Comiam sua carne e usavam sua pele para confeccionar as tendas, chamadas de tipis. Os búfalos tinham importância fundamental na cultura sioux. Uma índia, por exemplo, só era considerada uma boa mulher se soubesse esquartejar um búfalo, extrair sem danificar a pele e ainda preparar o pemicãn, uma iguaria feita da carne. Já para os homens a caça ao búfalo era um ritual de passagem da adolescência para a idade adulta. Não é à toa que a tribo ganhou o nome “siuks” dos outros índios que habitavam os Estados Unidos. A palavra significa homens-búfalo – e virou “sioux” na versão dos colonos franceses. O búfalo fazia parte ainda dos mitos daqueles índios. Eles acreditavam que, no início dos tempos, o povo sioux vivia no centro da terra com os búfalos. Quando vieram para a superfície, Wakan Tanka, o Grande Espírito, ordenou aos animais que servissem de alimento para a tribo. Mas advertiu os últimos: não deveriam caçar de forma desenfreada, pois no dia em que os animais desaparecessem da face da terra, os sioux também se extinguiriam.
A profecia tão improvável se cumpriu – de certa forma. Calcula-se que, em 1575, quando os colonizadores travaram o primeiro contato com os sioux, o número de búfalos nas pradarias americanas superava 75 milhões de cabeças. O explorador francês Jacques Cartier (1491 – 1557) relata em suas memórias que, numa ocasião, ele presenciou um estouro de manada que demorou um dia inteiro para passar diante de seus olhos. Em 1890, ano da derrocada sioux, os búfalos da planície não somavam mais do que 3 mil cabeças. “O processo de destruição dos índios americanos ocorreu de forma gradual. Começou em 1834, quando o governo empurrou todos os índios para oeste do Mississipi, decretando que, do rio em diante, a terra seria deles para sempre, o que não aconteceu”, diz o professor Tate.
O acordo não durou muito. Em 1843, cerca de mil colonos abriram a trilha do Oregon, violando o território indígena. Pouco depois, em 1846, os Estados Unidos declararam guerra ao México e suas tropas utilizaram as terras destinadas aos índios para chegar na área do conflito. Dois anos depois, foi descoberto ouro na Califórnia, e uma enxurrada de aventureiros em carroções penetrou em território indígena novamente. Durante este período, os colonizadores foram abocanhando o território das tribos e criaram os estados da Califórnia, Kansas e Nebraska. “Como resultado, no início de 1860, havia cerca de 300 mil índios nos Estados Unidos, pressionados por pelo menos 30 milhões de brancos”, escreveu o historiador Dee Brown, autor do clássico Enterrem meu Coração na Curva do Rio.
Vitória vermelha
O ano de 1862 marcou, de fato, o fim do sossego dos sioux, quando foi descoberto ouro nas montanhas Rochosas, em Montana, território da tribo. Em questão de dias, uma multidão de mais de mil mineiros garimpava as margens do riacho Gold Creek, perto da atual cidade de Salt Lake City. Para abastecê-los, uma rota de suprimentos acabou sendo aberta, o caminho Bozeman, assim chamado em homenagem ao pioneiro explorador da região, John Bozeman. A rota passava exatamente pelos campos de caça dos sioux, cheyennes e arapahos. As hostilidades entre brancos e peles-vermelhas tornaram-se então inevitáveis. Porém, a gota d´agua para os sioux, na época liderados pelo chefe Nuvem Vermelha, veio quando os invasores atraiçoaram Chaleira Preta, chefe dos cheyennes, que havia decidido não lutar mais e concordado em ir para a reserva indígena de Sand Creek. Lá, sua tribo, indefesa, acabou massacrada sob as ordens do coronel Chivington, um militar linha-dura que costumava dizer que índio bom era índio morto. A matança, ocorrida em 29 de novembro de 1864, foi tão injustificada que até mesmo o governo dos Estados Unidos instaurou um processo contra o coronel. Para os índios, no entanto, o julgamento já havia sido feito. Eles iriam à guerra, liderados por Nuvem Vermelha.
Ele conduziu uma guerra de guerrilha que fechou a rota Bozeman e obrigou o governo dos Estados Unidos a negociar. Em 1866, os dois lados sentaram-se na mesa de conversações. O local escolhido para o fechamento do acordo de paz foi o forte Laramie, no atual estado do Wyoming. No meio das negociações, Nuvem Vermelha presenciou a chegada de uma grande caravana de soldados armados. Irritado, levantou-se e declarou guerra sem trégua: “O Grande Pai Branco nos manda presentes e quer que nós lhe cedamos a estrada. Mas o Chefe Branco vem com mais soldados para roubá-la, antes que os índios digam sim ou não. A partir de hoje, enquanto eu viver, lutarei. Lutarei até a morte pelo último campo de caça de meu povo”, disse o guerreiro, conforme registrado por testemunhas em relato publicado posteriormente por John Finerty em sua obra.
E o chefe indígena não estava blefando. Nuvem Vermelha reuniu 3 mil guerreiros, entre eles dois jovens líderes: Touro Sentado e Cavalo Louco. O governo revidou à mobilização indígena construindo três fortes para vigiar a rota Bozeman. A situação ficava cada dia mais tensa, até a chegada do tenente-coronel William Fetterman. Em 21 de dezembro de 1866, o militar ordenou um ataque contra guerreiros indígenas que haviam capturado um comboio de madeira na rota Bozeman. O que o tenente não sabia é que os índios haviam lançado uma isca para atraí-lo até o acampamento. Cercado por mais de 2 mil guerreiros, Fetterman e seus homens foram mortos. Um ano depois, em 1888, o governo dos Estados Unidos, desgastado pela recente Guerra Civil (1861-1865), clamou novamente pela paz, chamando Nuvem Vermelha para conversar.
O líder sioux impôs seus termos: a estrada Bozeman seria fechada, os índios teriam direito a um grande território em Dakota do Sul para caçar e os fortes desapareceriam da paisagem. E mais: ocupariam as montanhas chamadas de Black Hills – ou Colinas Negras, o lugar sagrado dos ancestrais dos sioux. O governo dos Estados Unidos aceitou o acordo imediamente. Nuvem Vermelha havia conseguido uma vitória nunca antes conquistada por nenhum outro chefe indígena. Só que a tal vitória teve sabor amargo. Durante os anos seguintes, protegida pelo acordo de paz, a empresa Union Pacific construíu uma série de ferrovias ligando a costa leste à oeste. O trilhos passavam pelas pradarias do meio-oeste, onde habitavam os búfalos – o sustento dos sioux. Para se divertirem, os passageiros eram estimulados pela própria Union Pacific a passar o tempo atirando nas manadas. A matança foi tão indiscriminada que até o próprio general Custer, em seu diário, anotou que “as pradarias converteram-se num grande chiqueiro coberto por ossadas putrefatas de búfalos abatidos”.
O pior ainda estava por vir. Em 1874, espalhou-se o boato de que havia muito ouro nas Colinas Negras. O governo americano mandou, então, o general Custer confirmar o fato. Um ano depois, em 1875, tentou comprar as montanhas dos sioux. A proposta foi rejeitada. Isso, entretanto, não impediu os mineiros de assaltarem o território sagrado dos índios e iniciarem a garimpagem desenfreada. Nuvem Vermelha, então com 53 anos, tentou dialogar com o governo para a expulsão dos mineiros. Em vão. Touro Sentado e Cavalo Louco, os dois novos chefes, decidiram, então, tomar um atitude. Revoltados com a invasão, passaram a perambular fora das reservas indígenas, o que estava proibido pelo governo dos Estados Unidos. Era a desculpa que os militares precisavam. Em 7 de fevereiro de 1876, o Departamento de Guerra, alegando que os sioux que caçavam fora das reservas indígenas estavam “causando problemas”, enviou uma força militar para esmagar os rebeldes – incluindo aí a 7ª Cavalaria do general Custer.
O velho Nuvem Vermelha, que tentava uma solução pacífica, viu os jovens guerreiros unirem-se a Touro Sentado e Cavalo Louco. Os sioux rebeldes estavam, assim, de volta aos velhos tempos de nomadismo. A idéia era romântica demais para os novos tempos: como seus ancestrais, eles migrariam para onde estivessem os búfalos. A reação das autoridades foi rápida – e implacável. Custer, na vanguarda da força militar designada para suprimir a rebeldia indígena, passou a perseguir as tribos em marcha. O confronto, que culminou na morte do general Custer, finalmente ocorreu na manhã de 25 de junho de 1876, às margens do rio Little Bighorn.
“Desterrados”
Os sioux venceram a batalha, mas não a guerra. Menos de um mês depois de Little Bighorn, como punição pela morte do general Custer, o general Sherman recebeu ordens do congresso para confiscar todas as terras indígenas. Nuvem Vermelha foi obrigado a assinar um acordo entregando as sagradas Colinas Negras, de certa forma, a pátria da nação sioux. A partir daí, eles viveriam confinados em uma pequena reserva ao sul. Touro Sentado e Cavalo Louco fugiram das tropas do governo durante um ano. Em 8 de maio de 1877, Cavalo Louco entregou-se. Preso no Forte Robinson, no Estado de Nebraska, acabou assassinado por um soldado em 5 de setembro daquele mesmo ano. Touro Sentado conseguiu alcançar a fronteira com o Canadá, onde ficou com seus homens até 1881. Depois de um inverno severo, quando vários de seus homens morreram, retornou aos Estados Unidos, foi anistiado pelo governo e colocado na reserva de Standing Rock, na Dakota do Sul.
Famosos até os dias de hoje pelos ritos e crenças, os sioux, liderados pelo feiticeiro Wowoka, lançaram mão de sua última arma: a “Dança dos Espíritos”. Com a prática do ritual de seus ancestrais, eles acreditavam que a terra se abriria, tragaria o homem branco, traria novamente os búfalos e tudo retornaria ao que era antes. Os colonizadores, preocupados, viram na estranha dança um sinal de conspiração. Pensaram tratar-se de uma preparação para a guerra. No dia 29 de dezembro, em Wounded Knee, o Exército americano fuzilou velhos, mulheres e crianças. Ao final do massacre, centenas de índios sioux estavam mortos. “Wounded Knee foi a pedra final no extenso e doloroso genocídio praticado contra os povos nativo-americanos durante o século 19”, diz o professor Tate. A profecia havia se cumprido. Nem os búfalos nem os sioux habitavam mais as pradarias do Oeste dos Estados Unidos.






Touro sentado, famoso líder e guerreiro Sioux
Fontes:

Any Miranda

01 maio 2013

DNA-Desistir Nunca Amigão


Deus, criação mais que perfeita.
Numa explosão de galáxias, galáxias inteiras.
E com estrelas... Um rastro de esperança
Uma vida, a mais pequenina, contida em minúsculas.
Minúsculas fabricazinhas, tudo tão “inha”.

Ah, mas se tão soubesse o poder desta vida.
De apenas três letrinhas, eu seria o DNA, e você uma pequena grande historinha.
O precursor, o primeiro... E não somente o sucessor
E teria o valor de duplas hélices, as hélices motoras.
Com mil e uma seqüências de incalculável valor.

Manobraria pontes para ligar vidas
Que nem o meu, o seu, o nosso DNA!
Transcreveria mensagens só para ter irmãos
Traduziria em um só sopro divino o amor em teu coração
Deus em sua identidade
Na tua digital, como tal... Como tal mutação.

Agiria no teu coração
Tomaria montanhas inteiras só para te criar, meu filho.
Guardaria em teu suor, todo o resquício de energia.
Citaria todas as bases da vida
Porque nada disso existiria, sem Guanina, Citosina, Timina e Adenina.

Viu!? E tu serias o que?
O pó? A proteína? O coração? A vida?
Apenas o subprojeto de uma vida
Sem traços, sem rastros.
Sem cor, sem flor, sem desejos...
Sem fraquezas, talvez... Talvez incapaz de mutações
E ah.. A mutação tão essencial pra evolução
Sem ADN ou DNA!

E Deus sabia de tudo...
O tempo inteiro apostando em ti
Em ti que brinca como criança
Que faz gente ser igual a mim, a ti, e quem quer que seja.

Vou seguir apenas a seqüência, só pra descobrir a...
A cura das doenças, vou ser feliz matando a fome de centenas.
Milhares de centenas!

Domesticar, melhorar, fazer trabalhar.
Pesquisar, te aprender DNA.
Mas não se preocupe que não te aprisionarei
Porque tu és livre e, nem é meu.
Por natureza és de Deus!
Puro ácido com uma pitada de ribose
É mole?

DNA, o DNA já te diz...
Diz todo segredo escondido em uma só molécula
Alguns compreenderão... Outros nem tentarão
Mas como sou tua amiga, meu irmão.
Vou te dizer que basta somente prestar atenção
Desistir Nunca Amigão
É o segredo da vida, da molécula da vida.

Any Miranda